Avião da TAM que explodiu em Congonhas levava 186 pessoas
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Airbus A320 pegou fogo após derrapar na pista de Congonhas e bater em posto de combustíveis; 93 corpos já foram resgatados
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil continuam na manhã de hoje a resgatar os corpos das vítimas do acidente com o avião da TAM
que fazia o vôo JJ 3054 de Porto Alegre para São Paulo ontem. Por volta das 18h50, sob chuva, a aeronave tentou pousar na pista do aeroporto de
Congonhas, derrapou, atravessou a avenida Washington Luís e acabou explodindo ao bater em um posto de combustíveis e em prédio da própria
companhia aérea.
Em nota, a TAM informou que 186 pessoas estavam à bordo (162 passageiros, 18 funcionários da empresa e seis tripulantes), mas o número de vítimas pode ser maior porque o avião atingiu pessoas em solo. Trata-se do maior desastre da história da aviação brasileira. Até o início da manhã de hoje, 93 corpos já haviam sido retirados dos escombros.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. A caixa-preta da aeronave foi encontrada nesta madrugada pelas equipes de resgate, mas os laudos sobre o acidente devem demorar para ser divulgados.
A pista do aeroporto de Congonhas havia sido recentemente liberada após a realização de reforma. A obra não estava totalmente concluída. As ranhuras que normalmente são feitas no asfalto para facilitar a frenagem dos aviões e reduzir o acúmulo de água seriam concluídas somente nos próximos dias por equipes de obras que trabalhariam durante as madrugadas.
Nesta segunda-feira (16/7), um avião da companhia Pantanal também havia derrapado na pista do aeroporto de Congonhas. Apesar de a causa do acidente não ter sido determinada, foi considerada a possibilidade de a pista molhada, por causa da chuva que caiu sobre São Paulo durante o dia, ter colaborado para o acidente. Não houve feridos.
O aeroporto também tem uma pista curta, de menos de 2 mil metros. Uma distância um pouco superior a essa é recomendável para pousos de aviões como o A320 da TAM que explodiu ontem. A Justiça chegou a proibir a utilização de Congonhas para aeronaves maiores no início deste ano, mas a liminar foi cassada por decisão do Tribunal Regional Federal.
Segundo informações preliminares de testemunhas, o comandante do vôo teria tentado voltar a decolar após perceber que não conseguiria frear o avião a tempo. A aeronave não teria conseguido atingir velocidade suficiente e acabou colidindo com o edifício de transporte de cargas da própria TAM.
A empresa lamentou o acidente e prometeu dar assistências às famílias das vítimas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias no país e instalou um gabinete de crise. A fabricante da aeronave, a européia Airbus, informou que vai mandar uma equipe para o Brasil para ajudar a apurar as causas do acidente.
O aeroporto de Congonhas chegou a ser interditado ontem, mas hoje voltou a operar. Parte dos vôos ainda estão sendo desviados para os aeroportos de Cumbica e Viracopos. O acidente deve aumentar a pressão para que governo e companhias aéreas reduzam o número de vôos em Congonhas e transfiram parte dos pousos e decolagens para esses dois aeroportos em definitivo.
Outras tragédias
A história da TAM é marcada por um agrave acidente ocorrido em 1996, também no aeroporto de Congonhas. A queda de um avião Fokker-100 deixou 99 mortos. Depois do episódio, a companhia aérea passou a substituir os modelos Fokker 100 que ainda possui em sua frota.
Recentemente, a aviação aérea brasileira passou por um novo momento trágico. Em 29 de setembro, um Boeing 737-800 da Gol, que fazia a rota Manaus – Rio de Janeiro, se chocou com um jato Legacy. Contra a falta inicial de informações, a companhia acionou os funcionários-chave da companhia para lidar a crise. Dias depois, descobriu-se o saldo: 154 vítimas fatais, nenhum sobrevivente. Na segunda-feira seguinte, as ações da companhia caíram 1,85%.
Veja a lista das vítimas do acidente:
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isto é uma vergonha para um pais tão rico com o brsil isto prova as uma vez a inresponsabilidade de nossas autoridades eles